São Paulo, 28 de abril de 2014 – Encontrar profissionais com as competências
necessárias tem sido um desafio cada vez maior no mercado de trabalho
brasileiro. Vivemos um claro desequilíbrio entre as competências requeridas e
as disponíveis em nossa força de trabalho, o que provoca perda de produtividade
e prejudica a competitividade de nossas empresas.
A solução para este descompasso depende da habilidade e da disposição
tanto dos profissionais quanto das empresas – assim como governos e educadores
- de se adaptar a novas circunstâncias (setores, funções, ambientes, culturas,
tecnologias) e desenvolver competências
alinhando-as às novas demandas do mercado. A capacidade de adaptação da
força de trabalho em 11 países, entre eles o Brasil, é o tema da pesquisa
“Adapt to Survive”, feita pela PwC sob encomenda do LinkedIn.
A diversidade ou dinamismo econômico, a internacionalização da força de
trabalho e o uso de redes profissionais, como o LinkedIn, são os três
principais fatores que influenciam o nível de adaptabilidade de um país. A
pesquisa “Adapt to Survive” procurou mensurar estes aspectos por meio de cinco
indicadores-chave*.
Nono lugar entre os 11 países pesquisados, o Brasil tem a economia ainda
muito concentrada em poucos (e tradicionais) setores e uma força de trabalho
pouco internacionalizada - o que envolve aspectos como o domínio de outros
idiomas, em especial o inglês, a baixa atratividade e restrições legais para o
trabalho estrangeiro e a migração de profissionais para outros países.
Características comuns a países em desenvolvimento, como a Índia e a China,
classificadas em 10º e 11º lugares, respectivamente.
No topo do ranking, a natureza empreendedora, a moderada diversidade de
setores, a baixa migração e o domínio de inglês pela maioria da população são
as características que fazem da Holanda o país com o maior índice de
adaptabilidade ente os pesquisados. A Holanda também tem a menor taxa de
demissões de profissionais antes de completar o primeiro ano, apenas 4,8%. No
Brasil, chega a 12%.
“Com as mudanças econômicas, estão surgindo novas demandas, mas os
profissionais e as empresas não estão preparados para este novo contexto, o que
gera um gap entre as competências existentes e as necessárias”, explica Oswaldo
Barbosa de Oliveira, diretor do LinkedIn na América Latina.
A análise revela uma forte correlação entre o uso das redes de
profissionais on-line e o índice adaptabilidade. A Holanda, por exemplo, adotou
redes profissionais on-line muito mais rápido do que qualquer outro país fora
os EUA e atualmente quase metade da sua população economicamente ativa tem
perfil profissional on-line.
Do lado das empresas vale a mesma regra. Organizações com forte presença
on-line (de acordo com o LinkedIn’s Talent Brand Index) atraem
profissionais mais adequados às suas necessidades e têm menor rotatividade em
curto-prazo. De acordo com a pesquisa, um aumento de 1% no Talent Brand
Index significa taxa de aceitação 1,5% maior e diminuição de 1% nas
demissões em curto prazo.
“O conceito de adaptabilidade da força de trabalho é novo tanto no meio
acadêmico, quanto no mercado”, afirma João Lins, sócio da PwC Brasil e líder de
Gestão de Capital Humano. “Este é o primeiro trabalho que consegue vincular
indicadores ao conceito abstrato de resiliência, considerando-o não apenas como
uma característica individual, mas também na dimensão de gestão nas esferas
pública e privada”, acrescenta.
A partir de duas das mais importantes fontes de dados de RH no mundo: o
comportamento em tempo real dos 277 milhões de usuários do LinkedIn e
informações de 2.600 empresas do banco de dados Saratoga (uma das maiores
fontes de informações sobre pessoas e métricas de desempenho), a pesquisa
avalia cinco indicadores-chave* para calcular o índice de adaptabilidade
(Talent Adaptabily Score) em 11 países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá,
China, Cingapura, Estados Unidos, França, Holanda, Índia e Reino Unido).
*Talent Adaptability Score
Para calcular o índice de adaptabilidade foram consideradas cinco
variáveis a partir das informações de perfis do LinkedIn e das
métricas da base de dados do PwC Saratoga:
1. Taxa de promoção – número médio de promoções
numa mesma empresa, medido a partir dos perfis no LinkedIn
2. Taxa de vacância do mercado – quantidade de vagas abertas
divididas pela população economicamente ativa do país
3. Média de posições ocupadas – quantidade de diferentes
cargos ocupados no decorrer da carreira
4. Média de empregadores – média de empregadores de cada
profissional
5. Taxa de mudança de setor – o número médio de diferentes
cargos ocupados no decorrer da carreira
Para ler o relatório completo, acesse: www.pwc.com/talentadaptability
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