terça-feira, julho 07, 2015

Empresa cria lanche mais barato para consumidor fazer economia


Pesquisa mostra que quase metade das famílias estão diminuindo gastos com lazer, o que inclui o inevitável lanchinho que acontece no final de cada programa. Mercado cria alternativas para conciliar orçamento apertado e os passeios das férias

            As férias chegaram e, livre das obrigações escolares, a meninada só quer saber de  passear. No final de cada programa, tem sempre o tradicional lanchinho. Mas o momento econômico está exigindo cautela nos gastos, e as famílias estão precisando de criatividade para equilibrar o orçamento de casa, à alta dos preços, sem prejuízo do lazer dos filhos.
            De acordo com dados da consultoria CDE – especializada no comportamento das classes C,D e E-, 59% das famílias das 200 que foram entrevistadas com rendas entre R$1,5 mil e R$ 2,5 mil cortaram os gastos com refeição fora de casa nos últimos seis meses. O lazer também foi resultado de cortes por quase  49% das famílias.
            A empregada doméstica, Ana Cláudia Machado, procura fazer passeios em locais abertos ao público  com seus dois filhos.   “Durante a semana, em casa, libero televisão, o videogame. E aos finais de semana, nós vamos aos parques ou vamos para a casa dos parentes. Também vamos ao zoológico ou Parque Mutirama, cuja entrada é mais acessível”, explica ela que é mãe de Danilo e Daniele, respectivamente, com 8 e 11 anos.
            Mesmo assim, ela reconhece, é difícil sair com as crianças sem gastar nada. “Tem sempre o lanche, ainda que seja uma pipoca”, diz. De olho neste momento do público, empresas já têm se ajustado para continuar a atender aos consumidores. A Fast Açaí, por exemplo, franquia de alimentação saudável, criou o Açaí Baby, uma porção com menor quantidade e preço mais acessível. Com 120ml, custa R$ 5, mais em conta que o pequeno, que custa R$ 8 com 240ml.
            “Criamos este item para atender a classe econômica, mas ele acabou sendo também uma alternativa para todo consumidor que precisa economizar”, avalia o gerente de franquias, Vilmar Tavares. Nos bairros mais populares, o tamanho baby corresponde a ¼ das vendas de açaí; já nos setores mais centralizados, 15%.
            Para o especialista em planejamento financeiro pessoal, o administrador  Maurício Vono, que dá cursos e treinamentos na área, o que mais atrapalha o orçamento e o controle financeiro é a falta de planejamento. “É o que sempre digo, ninguém tropeça em pedras grandes, mas nas pequenas, nos gastos não planejados, nas contas que não são frequentes.”  
            De acordo com ele, o ideal é já adquirir o hábito do planejamento para, quando as férias chegarem, não haver aperto. “Quem define algumas metas  e prioridades aproveita o momento com mais qualidade de vida, sem descontrole ou exageros”. Confira cinco dicas que ele dá para quem não quer extrapolar o orçamento nas férias:
1  -  Defina o quanto será gasto
            Uma forma de não se apertar é definir previamente o valor que pode ser gasto dentro do período de férias, que geralmente é de um mês
2 - Peça a opinião da família  
            Nada melhor que consultar quem vai aproveitar do momento como será definida as férias. Entenda o que deixa as crianças ou adolescentes felizes, as atividades que dão mais prazer a eles. Se não dá para viajar, atividades simples como  ir ao cinema, clube, parques pode render boa diversão. Algumas são gratuitas.
3- Defina de forma antecipada a diversão
            Coloque no papel o local, a data, a atividade e o valor. Além da estimativa de quanto será consumido no passeio. Uma forma de se organizar é consultar os cadernos culturais de jornais que sempre antecipam o calendário de eventos da cidade.
4 -  Peça feedback dos passeios
            Estimule que os filhos contem o que acharam da experiência. Além de ter um feedback, se o programa foi positivo, este momento acaba sendo um reforço nas boas memórias e nos vínculos.
5 - Estimular a atividade física
            Uma outra sugestão é incluir nessa rotina de férias as brincadeiras que envolvam atividade física como jogar bola, brincar no parque, pular corda. Por que não ensiná-los as brincadeiras da infância do pai, questiona o consultar. “Além de ser bom para o bolso, é uma forma de zelar pela saúde deles”, explica.  

Sobre a Fast Açaí
           Da iniciativa de um grupo de amigos envolvidos com esporte e alimentação saudável que se reuniam em casa para degustar o açaí produzido por um deles. O que era um hobby se tornou um negócio próspero. Em 2012, em Goiânia nasceu a Fast Açaí, e no ano passado o plano de expandir adotou o método de franchising. Atualmente, já são 67 lojas em funcionamento, distribuídas em Goiás, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso, além do Distrito Federal e em breve novas unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Tocantins.





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