“Minha filha nasceu com a orelhinha
meio dobradinha pra frente...Usar faixinhas resolve?” Esta, sem dúvidas, é uma
das perguntas que muitas mães se fazem ao perceber alguma alteração na
estrutura da orelha do bebê. Afinal, não é só por uma questão estética, mas
muito mais por uma questão emocional e a preocupação com o bullying na infância que o questionamento surge.
E apesar da
incidência não ser tão alta, de 2 a 5% da população mundial tem orelhas de
abano, o medo de o filho sofrer motiva muitos pais a procurar alternativas. Por
exemplo, no caso
citado acima, a mãe usava faixas para “segurar a orelha no lugar”, mas a chance
de resolver plenamente só com esta medida, para aquela bebê de apenas 5 meses,
não era grande. Então, o que se deve fazer?
A cirurgia que
resolve esse problema é a Otoplastia, e pode corrigir um defeito na
estrutura das orelhas presente desde o nascimento, que se torna aparente com o
desenvolvimento, ou tratar as orelhas deformadas causadas por lesão. É esta
cirurgia a responsável pela criação de uma forma natural, dando equilíbrio e
proporção às orelhas e à face.
“Então posso fazer
logo que notar algo diferente?” Não, o ideal é fazer esta intervenção cirúrgica a partir dos 5 anos de idade ou
quando a cartilagem da orelha estiver estável o suficiente para a
correção. Para isso, é preciso passar por uma avaliação de um especialista – um
cirurgião plástico Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – para
saber se o procedimento já pode ser feito.
A cirurgia ajuda a acabar com a
discriminação e a solucionar problemas de bullying no ambiente
escolar, mas não resolverá todos os problemas do paciente. Por isso, é
importante conversar com a criança para entender o quanto as orelhas a
incomodam, e se ela está disposta a cooperar com os pedidos do médico e seguir
suas recomendações. Afinal, nesta idade, as crianças são capazes de expressar o
que sentem e devem participar da decisão.
Agora, e quando a criança não vê as orelhas como um problema? Em alguns
casos, o incomodo é maior nos pais do que nos próprios filhos, que conseguem
lidar com as “brincadeiras” dos amigos tranquilamente. Por exemplo, uma
paciente decidiu operar apenas aos 21 anos e me confidenciou que sofreu sim bullying na
escola por ter orelha de abano, mas levava na brincadeira porque “tinha uma
cabeça boa, então, não ligava tanto para isso”. Depois, mais velha, por
vaidade, decidiu que era hora de operar e ficou muito feliz com o resultado.
Independente da idade e mesmo sendo uma cirurgia relativamente simples,
o pós-operatório costuma ser um pouco dolorido no início, pede o uso de faixas
e certas restrições na hora do sono precisam ser seguidas. Assim, se a decisão
de pais e filhos for pela cirurgia, um bom momento para realizar o procedimento
é nas férias escolares, quando a criança poderá descansar e seguir todas as recomendações
médicas.
Neste vídeo, vocês, mamães, poderão
saber com mais detalhes como funciona a Otoplastia: http://www.youtube.com/watch?v=71PpqelYH9c&feature=youtu.be
***Artigo escrito pelo Cirurgião Plástico Dr. Pablo
Rassi Florêncio. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
(SBCP), é graduado em Medicina e pós-graduado em Cirurgia Geral pela UNIFESP
(Universidade Federal de São Paulo), e pós-graduado em Cirurgia Plástica pelo
Instituto de Cirurgia Plástica Santa Cruz (ICPSC), ambos em São Paulo. Com
atuação em Cirurgia Estética, Cirurgia Reparadora e Procedimentos Minimamente
Invasivos, Pablo Rassi Florêncio participou de inúmeros Congressos, Cursos e
Simpósios no Brasil e no exterior. Colaborou na organização de Simpósios de
Cirurgia Plástica e com um capítulo na publicação “Cirurgia Plástica – Os
Princípios e a Atualidade”. http://www.pablorassi.com.br/
Parabéns pelo post! Deixo a minha colaboração para aquelas mamães que não conseguirem corrigir as orelhinhas dos seus bebês, que ao crescerem, aos 6 anos de idade a criança poderá necessitar de cirurgias cmo a Otoplastia ou Macrotia. Att,
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