Cuidados no período
chuvoso devem ser redobrados para evitar acidentes
e curtir o Carnaval
com segurança em Pirenópolis.
Equipe médica do
Hospital Ernestina dá algumas dicas.
Após as intensas chuvas de janeiro,
que fizeram com que o Rio das Almas transbordasse, alagando ruas do centro
histórico de Pirenópolis e causando vários estragos, os moradores tentam voltar
à rotina, mas sob alerta de possíveis novas enchentes, já que as chuvas ainda
continuam. Próximo do período de Carnaval, a atenção permanece, já que o
município é um dos principais pontos
turísticos de Goiás e atrai não apenas foliões em busca de um carnaval de rua,
mas visitantes interessados em conhecer e desfrutar das dezenas de cachoeiras
que a cidade histórica oferece.
O aumento de chuvas faz com que o
volume de água dos rios fique mais alto e a correnteza mais forte, elevando
assim também os riscos de afogamento, quedas e acidentes nas cachoeiras. Em
caso de uma chuva forte, o volume de água pode aumentar muito rapidamente, as
chamadas trombas d´água. Muitas vezes, o local onde o banhista se encontra pode
não estar chovendo, mas já chove na cabeceira do rio, o que pode ser ainda mais
perigoso por pegá-lo de surpresa.
O cuidado com as pedras deve ser
redobrado. O fato de estarem secas não quer dizer que não estão escorregadias.
Por onde passa, a água deixa limo e, mesmo que imperceptível algumas vezes, ele
provoca escorregões. Segundo o diretor técnico do Hospital Estadual Ernestina
Lopes Jaime (HEELJ), Antônio Leonardo Gonçalves Leite, que atua na cidade há
mais de 10 anos, é comum acontecerem acidentes no município, onde, na maioria
das vezes, a imprudência consiste no principal fator. “Os cuidados básicos
relativos à segurança, muitas vezes, são deixados de lado, e o feriado que
poderia representar momentos inesquecíveis, acaba nos trazendo dores de cabeça
e preocupações, devido a momentos de sofrimento e dor”, ressalta o diretor e
médico.
O capitão da 11ª Companhia Independente
do Corpo de Bombeiros Militar (CIBM), Daniel Freire Pereira Batista, conta que
a região não tem um número elevado de incidências graves. “Praticamente todas
as cachoeiras de Pirenópolis têm uma estrutura com sinalização, guarda-vidas e
kits de primeiros socorros, que atendem adequadamente pequenos acidentes”.
Contudo ele orienta que o turista esteja atento aos boletins meteorológicos e
evite passeios nas cachoeiras se esses indicarem chuvas, não apenas pelo
aumento do volume de água. “No período de chuva há um aumento do volume e água
e da correnteza, além disso, as regiões de mato e áreas descobertas são
propícias de receberem descargas atmosféricas”, adverte o capitão.
Algumas dicas importantes:
- Busque
informações na cidade sobre o acesso à cachoeira que deseja ir, algumas
despendem mais esforço e não são ideais para crianças e idosos;
- Observar o volume
de água dos rios antes de entrar. Em épocas de chuva, o nível dos rios aumenta
e cresce o risco de afogamento, já que a correnteza também fica mais forte;
- Ao chegar em um
rio ou cachoeira escolha um local marco (uma pedra por exemplo) e se atente
regularmente se aquele ponto sofreu alteração de volume. Se o volume aumentou,
saia da água!
- Respeite a
sinalização do local, não acessando locais e cachoeiras informadas como
fechadas ou com risco de deslizamentos;
- Verifique a
profundidade de onde se pretende pular, mesmo conhecendo o local. Nos rios,
principalmente de Pirenópolis, há muita movimentação de pedras e troncos, assim
como terra no fundo de poços;
- Em águas muito
geladas, aumenta o risco de câimbras nas pernas, o que pode ser um perigo em
águas profundas;
- Cuidado ao pisar
ou se apoiar em pedras. Mesmo secas, muitas têm limo, o que as deixa
escorregadias. Chinelos costumam escorregar ainda mais;
- Cuidado com as
brincadeiras de empurrões ou que possam gerar tombos próximos às pedras, pois
uma caída de mal jeito pode causar uma lesão séria;
-
Não consuma bebida alcoólica ou qualquer outra substância entorpecente, esses
locais requerem toda a atenção, estar sóbrio é fundamental.
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