Artista, que se apresentou no dia 23
em Goiânia, viaja pelo Brasil e exterior cantando sucessos de seus 10
anos de carreira.
O Flamboyant In Concert finalizou a temporada de shows deste ano em
grande estilo. No palco, a cantora e
compositora Vanessa da Mata fez uma apresentação inspirada
em seus sucessos consagrados e também no quinto disco "Bicicletas, Bolos e
Outras Alegrias". Com este último trabalho, lançado no final de 2010 pelo
selo Jabuticaba, com distribuição da Sony Music, a artista viajou por
quase todo o Brasil.
Com quase 10 anos de carreira e uma trajetória de sucesso tanto no país
como no exterior, a jovem artista alcançou uma marca memorável. São cinco
álbuns lançados e diversos hits nacionais. Somente em novelas foram mais de 10
músicas que embalaram personagens inesquecíveis e que até hoje fazem
parte da trilha sonora de muita gente.
Em suas composições, ela consagrou-se por seu talento para costurar
palavra, som e poesia, tendo a partir dos 21 anos, canções gravadas por Maria
Bethânia, Daniela Mercury e Chico César. Ela também trabalhou ao lado de Milton
Nascimento e Baden Powell.
No show, que pode ser conferido em Goiânia no dia 23 de
outubro, Vanessa também apostou num repertório de novas canções do CD
- como “O Tal Casal” e “Te Amo” - além de algumas surpresas e sucessos, entre
eles, “Ai Ai Ai”, “Boa Sorte”, “Amado” e “Não Me Deixe Só.
No palco, a artista foi acompanhada por Pedro Dantas (baixo), Stephane
San Juan (bateria), Donatinho (teclados) e também Maurício Pacheco e Júnior
Boca, nas guitarras.
Sobre Vanessa da Mata
Vanessa da Mata nasceu em 1976, em Alto Garças, no Mato
Grosso – uma pequena cidade 400 quilômetros de Cuiabá, cercada de rios e
cachoeiras. De formação autodidata, ouviu de tudo na infância. De Luiz Gonzaga
a Tom Jobim, de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu também de ritmos
regionais como o carimbó, dos discos trazidos das viagens de um tio à Amazônia.
Ouviu samba, música caipira e até música brega italiana, sons que chegavam
pelas ondas da rádio AM.
Aos 14 anos, Vanessa se mudou para Uberlândia, em Minas
Gerais, cidade a mil e duzentos quilômetros de distância de Alto da Graça.
Foi para lá sozinha, morar em um pensionato: se preparava, então, para prestar
vestibular de medicina. Mas já sabia o queria: cantar. Aos 15, começou a se
apresentar em bares locais.
Em 1992, foi para São Paulo, onde começou a cantar na Shalla-Ball, uma
banda de reggae de mulheres. Três anos depois, excursionou com a banda
jamaicana Black Uhuru. Em seguida, fez parte do grupo de ritmos regionais
Mafuá. Neste período, ainda dividia seu tempo entre as carreiras de jogadora de
basquete e de modelo.
Em 1997, conheceu
Chico César: com ele, compôs "A
força que nunca seca". A música foi gravada por Maria Bethânia,
que a colocou como título de seu disco, em 1999. A gravação concorreu ao Grammy
Latino e também foi gravada no CD de Chico, “Mama Mundi”. O Brasil descobria
uma grande compositora. Bethânia voltou a gravar Vanessa: “O Canto de Dona
Sinhá” esteve no CD “Maricotinha” – com participação de Caetano Veloso - e em
sua versão ao vivo. Já “Viagem” foi gravada por Daniela Mercury em
“Sol da Liberdade”. Com Ana Carolina compôs “Me Sento na Rua”, do CD
“Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2001).
A voz e a presença de Vanessa começavam também a chamar
atenção. Fez participações em shows de Milton Nascimento, Bethânia e nas
últimas apresentações de Baden Pawell: estava pronta para estrear em carreira
solo.
Em 2002, lançou
seu primeiro CD, “Vanessa da Mata”
(Sony) – que teve produção conjunta de Liminha, Jaques Morelenbaum,
Luiz Brasil, Dadi e Kassin. Entre os sucessos deste disco estão “Nossa Canção”
(trilha sonora da novela “Celebridade”), “Não me Deixe só” - que
estourou nas pistas com remix de Ramilson Maia - e “Onde Ir” (que esteve na
trilha da novela “Esperança”).
O segundo disco, “Essa
boneca tem manual” (Sony), foi lançado em 2004 e teve produção de Liminha, como quem também dividiu as
composições. Além de suas próprias canções – como "Ai ai ai...",
''Ainda bem'' e "Não chore homem", regravou “Eu sou Neguinha”
(Caetano Veloso, versão que integrou a trilha da novela “A Lua me
disse”) e "História de uma gata" (Chico Buarque, de "Saltimbancos").
Como “Ai ai ai..”, música nacional mais executada nas rádios em 2006, o álbum
chegou a Disco de Platina.
“Sim”, o terceiro disco, lançado em 2007, foi produzido por Mario Caldato e Kassin. O álbum foi
gravado entre a Jamaica e o Brasil. Das 13 faixas, cinco tem a participação de
Sly & Robbie, dois ícones da música jamaicana. “Sim” é definido,
pelo seu título, como “uma resposta positiva à vida, uma resposta de luta”. E
conta com participações de Ben Harper, João Donato, Wilson das Neves, Don
Chacal e um time da nova geração da música brasileira, como
o baterista Pupillo (Nação Zumbi) e os guitarristas Fernando Catatau (Cidadão
Instigado), Pedro Sá e Davi Moraes, entre outros.
Em 2009 Vanessa lançou seu primeiro DVD e CD ao vivo, o “Multishow
Ao Vivo -Vanessa da Mata”. Gravado em Paraty e dirigido por
Joana Mazzucchelli, o projeto registrou músicas de seus três trabalhos:
"Sim", "Essa Boneca tem manual" e
"Vanessa da Mata". No palco, além de sua
banda, Vanessa foi acompanhada pela dupla de jamaicanos Sly Dunbar
(bateria) e Robbie Shakespeare (baixo).
Em 2010, Vanessa lança "Bicicletas, Bolos e Outras
Alegrias", seu quinto disco. Produzido por Kassin e mixado por
Mario Caldato, o CD tem 12 faixas inéditas, uma parceria com Lokua Kanza
("Vá") e outra com Gilberto Gil ("Quando Amanhecer").
Atualmente, ao lado dos produtores Kassin e Liminha, amigos de longa
data, Vanessa daMata está em processo de finalização de seu
próximo trabalho, que deverá ser lançado em 2013.
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