Ano novo é oportunidade de colocar as contas em dia
e redefinir prioridades de gastos
Todo réveillon é a
mesma coisa. Você fecha os olhos na virada do ano e promete para si mesmo que
vai resistir às tentações de gastar mais do que ganha para não passar novamente
pelos apertos financeiros pelos quais passou no ano que termina. No entanto, entre
o desejo e a realidade, existem dívidas pendentes, novas contas anuais,
impostos que brotam a cada janeiro e tantos outros compromissos. Em muitos
casos, a indisciplina financeira e o impulso de consumir tornam a tarefa ainda
mais complicada.
Para colocar as contas
em ordem, porém, a disciplina é fator indispensável. "Se eu não colocar no
papel, refazer as contas, programar e fazer por onde poupar, não adianta",
esclarece a coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Estácio, Johelma Umbelino,
que lamenta o fato do planejamento financeiro não ser comum entre as famílias
brasileiras. "Quem não tem educação financeira, se acostuma a viver na
inadimplência", pontua. Segundo ela, as pessoas podem ser divididas em
três classes, de acordo com sua realidade financeira. "Existem os
equilibrados, os endividados e os investidores", diz.
De acordo com a
professora, ao entrar no novo ano, os consumidores precisam sentar e avaliar em
qual dessas realidades estão inseridos. "Tem que botar no papel, saber
quanto deve, pra quem, há quanto tempo", explica. A partir dessa análise,
é necessário colocar em prática medidas para sair da atual condição e subir um
degrau nessa escala. "O 13º salário, que vem agora no fim do ano, é uma
oportunidade de sair da situação de devedor, para a condição de
equilibrado", orienta. "O ideal é buscar a posição de investidor,
porque, como equilibrado, eu ainda corro o risco de, numa eventualidade, voltar
à posição de devedor", ressalta.
Para Johelma, todo esse
processo de avaliação e preparação para uma vida financeira mais disciplinada
precisa ser acompanhado e apoiado pela família. "Com a participação da
família, é possível mudar os hábitos de consumo e ter uma melhor administração
dos recursos, inclusive, com mais qualidade de vida", orienta. Passando do
nível de equilibrado para investidor, o cidadão começa a fazer uma reserva, que
o proporciona mais segurança para o futuro. "O ideal seria que todos
estivéssemos na condição de investidor, quitando as dívidas e ainda fazendo
aplicações que gerem alguma rentabilidade", completa.
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