Sebrae Goiás e parceiros levam capacitação a jovens mulheres em situação
de vulnerabilidade social. Ao todo 80 mulheres
participam dos módulos do Programa Meninas Superempreendedoras implantado em
Aparecida de Goiânia.
O Sebrae Goiás, em parceria com a Fundação Panamericana para o
Desenvolvimento (PADF), com o Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas no
Estado de Goiás (GEED) e com a Fundação Pró-Cerrado (FPC), está implantando, em
Aparecida de Goiânia, o programa de capacitação para o empreendedorismo Meninas Superempreendedoras.
O Meninas Superempreendedoras é uma é uma ação piloto
do Programa WOMP! Women Power (Poder
das Mulheres!), desenhado pelo SEBRAE, PADF e GEED, e visa promover a
autoestima e as habilidades de jovens mulheres com idades entre 16 e 24 anos
que vivem em situação de vulnerabilidade social. As mulheres jovens da região
de Aparecida de Goiânia enfrentam uma série de riscos sociais, tais como
abstenção escolar, baixa renda familiar, discriminação sexual e racial,
gravidez na adolescência e dependência de drogas, entre outros. Esses fatores
contribuem e são agravados por baixas qualificações profissionais e menores
rendimentos de trabalho. Ao mesmo tempo, elas frequentemente são responsáveis
pela renda familiar, mas permanecem à margem da sociedade sem caminhos claros
para reverter suas situações.
As
capacitações previstas no projeto atuam em dois objetivos: 150 mulheres jovens
ganham maior autoestima e confiança por meio do Seminário de Empoderamento das Mulheres com foco em
inovação e empreendedorismo. Destas, 80 têm acesso à capacitação de alto
impacto voltada para mercado digital – startups – obtendo as habilidades
necessárias para planejar pequenos negócios inovadores ou ocupar lugar no
mercado de trabalho.
As
participantes do programa fazem parte do programa Jovem Aprendiz, da Fundação
Cerrado, e já atuam em grandes empresas da Região Metropolitana. “São jovens
mulheres que já tem um grau de comprometimento. A ideia é que elas possam
empreender em negócio próprio ou serem intra empreendedoras, implantando ações
inovadoras dentro das empresas onde já atuam”, explica Priscila Vilarinho,
analista da Regional Metropolitana do Sebrae em Aparecida de Goiânia.
O Meninas Superempreendedoras vai de agosto a dezembro
e é desenvolvido em duas etapas. A primeira composta pelo seminário e
capacitações, e a segunda composta pelo trabalho de mentoria para as jovens
mulheres realizado por empresários voluntários. As capacitações acontecem
sempre às quintas-feiras, em duas turmas, uma na parte da manhã e outra à noite.
De
acordo com Priscila, o programa implantado este ano servirá de piloto para
próximas edições. “O projeto todo vai além da capacitação realizada nesta
primeira versão. Vamos avaliar a aplicabilidade da metodologia e do conteúdo
programático, fazer as adaptações necessárias e, para os próximos anos, ampliar
as ações com a formação de redes de jovens mulheres empreendedoras, ampliar o
número de jovens capacitadas e quem sabe promover premiações como viagens para
conhecimento de outros projetos similares no Brasil e no mundo”, explica
Priscila.
Áreas de atuação
Para
um futuro breve, as previsões dão conta de que os empregos ou as ocupações no
mercado para os jovens de hoje estarão fortemente relacionados a temas da
ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Segundo o instituto americano
STEM Education Coalition e pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho dos
EUA (BLS), mais de 9 milhões de empregos estarão ligados a essas temáticas até
2022.
O
programa pretende contribuir com o acesso dos jovens à educação baseada na
Ciência, Matemática, Tecnologia e Engenharia – STEM (Science, Technology,
Engineering and Mathematics). Sendo um programa inovador, combina
empreendedorismo com introdução ao tema inovação especificamente para jovens
mulheres.
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