Segundo médico do
esporte, Amir Saado, as alterações nos níveis do
hormônio no organismo podem
atrapalhar processo de emagrecimento
ou ganho de massa, além do risco de
desenvolver depressão.
Perder peso depois de notar o
aumento de alguns quilos na balança não é tarefa fácil e não há receita
milagrosa. Ainda assim, algumas pessoas acabam percebendo, depois de um
considerável tempo de luta para reduzir medidas, que mesmo cumprindo todas as
etapas da dieta e do programa de exercícios os resultados teimam em não
aparecer. Segundo o médico do esporte e pós-graduado em Endocrinologia e
Nutrologia, Amir Saado, isso pode estar relacionado aos níveis do hormônio
cortisol.
Ainda que invisível aos olhos, a
produção dessa substância pelas glândulas suprarrenais é responsável por
auxiliar o organismo no controle do estresse, na manutenção dos níveis
adequados de açúcar no sangue e da pressão arterial, dentre outros fatores.
Diretamente relacionados à nossa atividade diária, os níveis de cortisol variam
conforme a rotina de cada um, ou seja, são maiores pela manhã ao acordar e vão
diminuindo ao longo do dia na medida em que o corpo se prepara para repousar à
noite.
Mas se algum fator interfere nessa
balança os resultados podem ser drásticos. “Todos os dias eu recebo no consultório
pessoas que não conseguem ganhar massa muscular, perder gordura ou emagrecer de
forma geral, não conseguem dormir bem nem acordar dispostas e tudo isso tem
relação com o nível de cortisol. Seja em excesso ou muito baixo, ele influencia
diretamente nossa vida cotidiana”, relata Amir Saado.
Quando elevado, o cortisol pode
acarretar perda de massa muscular, aumento de peso, interferir no crescimento,
desregular a menstruação em mulheres e até causar dificuldade de aprendizado. A
ingestão em excesso de substâncias, como a cafeína, e situações de estresse que
ativam mecanismos de defesa no organismo também pode incrementar a presença do
hormônio no sangue. Já a redução da substância acarreta fadiga, cansaço e
fraqueza muito facilmente mascarados como consequências da rotina pesada de
exercícios e as restrições de determinados regimes alimentares planejados para
o emagrecimento. Em casos mais graves o indivíduo pode desenvolver até mesmo
quadro de depressão, por isso é importante o acompanhamento médico não apenas
ao iniciar o processo em busca da forma desejada, mas também durante o trabalho
e especialmente quando algo parece fora do comum. “Muitas vezes o paciente está
com a dieta e o treino certos, mas a ação do cortisol põe tudo a perder”,
finaliza Saado.
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