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Como é bom sentir o estado de graça
chamado felicidade! Dia 20 de março é comemorado o Dia Internacional da
Felicidade. E como podemos cada vez mais sustentar esse estado de ser feliz?
Quando pensamos em felicidade do
ponto de vista do funcionamento cerebral, temos neurotransmissores,
neuropeptídeos e hormônios que representam essa condição. Você já percebeu qual
é a principal função do cérebro? É colocar a nossa consciência em contato com o
mundo que nos cerca. O cérebro é, literalmente, um gravador. Criamos memórias
desses contatos com as situações da vida, ou seja, percebemos o mundo por
intermédio desse aparato de memória e percepção chamado cérebro.
Para poder entender o que é a
felicidade, é importante compreender algumas questões importantes:
A neurociência contribui muito com a
nossa compreensão sobre o cérebro. O sistema límbico (área cerebral destinada à
coordenação das emoções) produz uma “química" adequada para cada situação
que vivemos. Quando entramos em contato com qualquer situação de vida - seja
ela alegre, triste, melancólica, entediante, carinhosa, afetiva, amorosa, de
raiva, de ódio, de rancor, de não-merecimento, de poder, de frustração ou de
abundância -, o cérebro produz uma representação de tudo isso. Nesse contexto,
parece que estamos sempre em algum processo de busca.
Já ouviu falar que temos que buscar
a felicidade? Onde a buscamos? Acredite, buscamos nas situações de vida, nas
experiências que trazem a “química" das boas sensações, do estado de ser
feliz, do estado de graça, do sorriso fácil, do bom humor!
Nessa busca por experiências felizes
criamos identificações. E nos perguntamos: onde está a felicidade? Onde devo
procurá-la? Como estou procurando? Existe felicidade duradoura? Será que
conseguirei, algum dia, sustentar um estado pleno de felicidade? Continuarei a
viver estados fugazes de ser feliz?
Inevitavelmente, passamos por
situações de sofrimento. Como ser feliz diante dessa constatação? Um estudo
sobre felicidade aponta que 40% da potencialidade de ser feliz está em nossos
genes, mais precisamente na carga genética que herdamos de nossos pais. Dentro
dessa fórmula da felicidade, temos que apenas 10% advém das condições de vida.
Os últimos 50% devem-se às atividades voluntárias que realizamos.
Condições
de vida
Imagine que você receba uma grande
quantidade de dinheiro. Pode parecer que todos os seus problemas serão
resolvidos. Você irá sair de uma condição de vida ruim para uma condição de
vida excelente. Pronto! A felicidade está garantida. Só que não!
Acompanhando pessoas que tiveram
condições de vida excelentes durante um ano, percebeu-se que elas mantinham um
estado de ser infeliz. O contrário também pode ser observado, ou seja, sair de
uma condição de vida excelente e começar a vivenciar uma condição de vida ruim.
As pessoas nessa última condição tinham tudo para ser infelizes, mas após algum
tempo, observou-se que elas conseguiam sustentar estados de felicidades maiores
que aqueles que vivenciaram antes. Incrível isso, não?
A felicidade está aonde? Segundo os
cientistas, 50% da capacidade de ser feliz está em ações voluntárias, aquelas
que realizamos por vontade própria e espontaneamente, como ir ao cinema, fazer
uma viagem, etc. Os cientistas também perceberam que quando realizamos
atividades voluntárias voltadas para o bem do próximo, conquistou-se um estado
de felicidade mais duradouro. Fazer o bem ao outro traz felicidade mais
duradoura. Isso é fantástico!
Fazer a felicidade dos outros ainda
é a melhor maneira de ser feliz. Fazendo os outros felizes temos a chance de
encontrar nossa própria felicidade. Essa é uma compreensão que expande. Às
vezes, condicionamos nossa felicidade às situações da vida que vivemos hoje. A
contribuição das condições de vida no estado de felicidade é mínima!
Dr. Milton Moura |
As identificações
Nós somos muito maiores que as
circunstâncias da vida. Trazemos uma essência que está sempre presente em todas
essas situações, atuando como uma verdadeira testemunha de tudo o que acontece
ao redor. É
com essa essência que deveríamos buscar uma identificação.
Todas as situações da vida são
impermanentes, tudo passa! A felicidade duradoura está na capacidade de
encurtar cada vez mais a duração dos estados infelizes, de diminuir o tempo que
a “química" produzida nessas situações infelizes circula pelo corpo e
alimentar, de forma voluntária, a “química” cerebral que representa a
felicidade.
Onde você busca a felicidade? Como
você a busca? Volte seus olhos para dentro e apaixone-se por você! Queira,
definitivamente, viver a vida com a sua melhor versão. Felicidades sempre!
Dr. Milton Moura é medico cardiologista, Ativista Quântico, palestrante e estudioso das áreas de Neurociências, Física Quântica e Saúde Mental (www.drmiltonmoura.com)
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