segunda-feira, março 20, 2017

Minha felicidade: sustentando o estado de ser feliz

Imagem google

            Como é bom sentir o estado de graça chamado felicidade! Dia 20 de março é comemorado o Dia Internacional da Felicidade. E como podemos cada vez mais sustentar esse estado de ser feliz?
            Quando pensamos em felicidade do ponto de vista do funcionamento cerebral, temos neurotransmissores, neuropeptídeos e hormônios que representam essa condição. Você já percebeu qual é a principal função do cérebro? É colocar a nossa consciência em contato com o mundo que nos cerca. O cérebro é, literalmente, um gravador. Criamos memórias desses contatos com as situações da vida, ou seja, percebemos o mundo por intermédio desse aparato de memória e percepção chamado cérebro.
            Para poder entender o que é a felicidade, é importante compreender algumas questões importantes:
            A neurociência contribui muito com a nossa compreensão sobre o cérebro. O sistema límbico (área cerebral destinada à coordenação das emoções) produz uma “química" adequada para cada situação que vivemos. Quando entramos em contato com qualquer situação de vida - seja ela alegre, triste, melancólica, entediante, carinhosa, afetiva, amorosa, de raiva, de ódio, de rancor, de não-merecimento, de poder, de frustração ou de abundância -, o cérebro produz uma representação de tudo isso. Nesse contexto, parece que estamos sempre em algum processo de busca.
            Já ouviu falar que temos que buscar a felicidade? Onde a buscamos? Acredite, buscamos nas situações de vida, nas experiências que trazem a “química" das boas sensações, do estado de ser feliz, do estado de graça, do sorriso fácil, do bom humor!
            Nessa busca por experiências felizes criamos identificações. E nos perguntamos: onde está a felicidade? Onde devo procurá-la? Como estou procurando? Existe felicidade duradoura? Será que conseguirei, algum dia, sustentar um estado pleno de felicidade? Continuarei a viver estados fugazes de ser feliz?
            Inevitavelmente, passamos por situações de sofrimento. Como ser feliz diante dessa constatação? Um estudo sobre felicidade aponta que 40% da potencialidade de ser feliz está em nossos genes, mais precisamente na carga genética que herdamos de nossos pais. Dentro dessa fórmula da felicidade, temos que apenas 10% advém das condições de vida. Os últimos 50% devem-se às atividades voluntárias que realizamos.

Condições de vida
            Imagine que você receba uma grande quantidade de dinheiro. Pode parecer que todos os seus problemas serão resolvidos. Você irá sair de uma condição de vida ruim para uma condição de vida excelente. Pronto! A felicidade está garantida. Só que não!
            Acompanhando pessoas que tiveram condições de vida excelentes durante um ano, percebeu-se que elas mantinham um estado de ser infeliz. O contrário também pode ser observado, ou seja, sair de uma condição de vida excelente e começar a vivenciar uma condição de vida ruim. As pessoas nessa última condição tinham tudo para ser infelizes, mas após algum tempo, observou-se que elas conseguiam sustentar estados de felicidades maiores que aqueles que vivenciaram antes. Incrível isso, não?
            A felicidade está aonde? Segundo os cientistas, 50% da capacidade de ser feliz está em ações voluntárias, aquelas que realizamos por vontade própria e espontaneamente, como ir ao cinema, fazer uma viagem, etc. Os cientistas também perceberam que quando realizamos atividades voluntárias voltadas para o bem do próximo, conquistou-se um estado de felicidade mais duradouro. Fazer o bem ao outro traz felicidade mais duradoura. Isso é fantástico!
            Fazer a felicidade dos outros ainda é a melhor maneira de ser feliz. Fazendo os outros felizes temos a chance de encontrar nossa própria felicidade. Essa é uma compreensão que expande. Às vezes, condicionamos nossa felicidade às situações da vida que vivemos hoje. A contribuição das condições de vida no estado de felicidade é mínima!

Dr. Milton Moura

As identificações
            Nós somos muito maiores que as circunstâncias da vida. Trazemos uma essência que está sempre presente em todas essas situações, atuando como uma verdadeira testemunha de tudo o que acontece ao redor. É com essa essência que deveríamos buscar uma identificação.
            Todas as situações da vida são impermanentes, tudo passa! A felicidade duradoura está na capacidade de encurtar cada vez mais a duração dos estados infelizes, de diminuir o tempo que a “química" produzida nessas situações infelizes circula pelo corpo e alimentar, de forma voluntária, a “química” cerebral que representa a felicidade.
            Onde você busca a felicidade? Como você a busca? Volte seus olhos para dentro e apaixone-se por você! Queira, definitivamente, viver a vida com a sua melhor versão. Felicidades sempre!


Dr. Milton Moura é medico cardiologista, Ativista Quântico, palestrante e estudioso das áreas de Neurociências, Física Quântica e Saúde Mental (www.drmiltonmoura.com)

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