Pesquisa canadense mostra crianças que se
desenvolvem de forma mais autônoma tem um
melhor desempenho cognitivo e na hora de resolver problemas depois de adulto.
Nesta terça-feira, 22 de setembro, psicóloga aborda temática para pais.
melhor desempenho cognitivo e na hora de resolver problemas depois de adulto.
Nesta terça-feira, 22 de setembro, psicóloga aborda temática para pais.
Em
nome da proteção, da comodidade e até do privilégio, muitos pais inibem os
filhos de resolverem coisas que poderiam fazer sozinhas. É comum deparar-se com
crianças bem estimuladas - fazem inglês, aula de dança, aula de música, mas que
não sabem amarrar o cadarço do sapato, escovar os dentes, ou arrumar a própria
cama, sozinhos. Também não conseguem fazer tarefas escolares porque se
acostumaram a receber respostas prontas da família.
Entretanto,
a autonomia deve ser estimulada desde que as crianças são bem pequenas e, em
todos os ambientes em que convive, seja como cooperadoras nas tarefas, seja
como participantes ativas nas conversas da família ou em suas atividades
intelectuais. O assunto será debatido no 2º Falando de Criança, programa de
orientação aos pais, desenvolvido pela escola de inglês para crianças Learning
Fun. O encontro está marcado para esta terça-feira (22 de setembro), às 19
horas.
Na
oportunidade, a psicóloga graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG),
Barbara Ferreira Borghi, irá palestrar sobre o tema “Relação pais e filhos:
educando para a autonomia”. Bárbara comenta que é importante ensinar a
autonomia aos filhos mesmo quando ainda são bebês. Tente envolver a criança nas
pequenas escolhas do dia-a-dia, como decidir a roupa que quer vestir ou a
sobremesa de um almoço. “De forma gradual e sempre respeitando os limites da
idade, é possível estimulá-lo para a autonomia, que irá se desenvolver na
medida em que ela alcança novas conquistas”, diz.
A
psicóloga pondera, no entanto, que é preciso entender a linha tênue
que separa autonomia e rebeldia, ou seja: não é porque tem independência que
pode fazer tudo o que deseja. “O importante é conduzir o filho a ter comportamentos
adequados, de acordo com cada situação”, afirma. Barbara ressalta que, algumas
vezes, pais confundem autonomia com falta de limites. “Isso é recorrente em
consultório, pais que não aprendem a dizer ‘não’ aos filhos”, explica. Tal
situação só atrapalha o desenvolvimento da criança, já que ela aprende a ter
tudo sempre à mão, e a não lidar com a negativa das pessoas quando deseja algo.
Quando autônoma, ela aprende que nem sempre as pessoas irão estar dispostas a
servi-las, aprendizado que ela irá assimilar mais ainda depois de adulto.
A
diretora da Learning Fun, Gabriela Morais, explica que o encontro Falando de
Criança, é um petit comitè, para apenas 30 mães. Após a palestra, há espaço
para tirar dúvidas, trocar experiências, promovendo assim um ambiente de debate
qualitativo. “Nossa intenção é sermos parceiros da família no processo
educativo”, diz ela, que também é psicóloga e educadora bilíngue.
Ela
lembra que a pessoa que não tem sua autonomia estimulada desde a infância,
corre grande risco de se tornar um adulto frustrado, porque não aprendeu a se
esforçar para alcançar seus objetivos e a contornar os obstáculos e frustrações
que, porventura, surgem.
Pesquisa
Um
estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que,
quando elas dão autonomia às crianças, há um impacto positivo na função
executiva, ou seja, em um dos pilares do desenvolvimento cognitivo.
Tal
função engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de
problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e
execução de atividades. Para chegar ao resultado, as famílias em questão foram
visitadas em duas ocasiões: quando a criança tinha 15 meses e depois, ao
completar 3 anos.
Durante
a primeira visita, foi pedido à mãe que ajudasse o filho a completar uma tarefa
com um nível de dificuldade consideravelmente alto. Essa atividade durava cerca
de 10 minutos e foi gravada em vídeo para que os pesquisadores pudessem
analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, se ela o encorajava, se era
flexível, se incentivava e respeitava o ritmo da criança. Quando as crianças
completaram 3 anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados,
avaliaram a força da memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários
conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham
mães que ofereciam um suporte consistente ao desenvolvimento de sua autonomia.
Sobre a Learning Fun
Criada
em 1994, o método de ensino de inglês Learning Fun está presente em mais de 10
estados brasileiros, em um total de 35 escolas. Em Goiânia, a escola foi
fundada em 2014 e oferece aulas para crianças de até seis anos de idade.
2º Falando de Criança - programa de orientação aos pais
Data: Terça-feira
(22 de setembro)
Hora: 19
horas
Local: Sede
da Learning Fun, na rua 30, no setor Marista, nº 320
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