quarta-feira, dezembro 16, 2015

2016: hora de botar ordem no bolso

Ano novo é oportunidade de colocar as contas em dia
e redefinir prioridades de gastos
  

           Todo réveillon é a mesma coisa. Você fecha os olhos na virada do ano e promete para si mesmo que vai resistir às tentações de gastar mais do que ganha para não passar novamente pelos apertos financeiros pelos quais passou no ano que termina. No entanto, entre o desejo e a realidade, existem dívidas pendentes, novas contas anuais, impostos que brotam a cada janeiro e tantos outros compromissos. Em muitos casos, a indisciplina financeira e o impulso de consumir tornam a tarefa ainda mais complicada.
            Para colocar as contas em ordem, porém, a disciplina é fator indispensável. "Se eu não colocar no papel, refazer as contas, programar e fazer por onde poupar, não adianta", esclarece a coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Estácio, Johelma Umbelino, que lamenta o fato do planejamento financeiro não ser comum entre as famílias brasileiras. "Quem não tem educação financeira, se acostuma a viver na inadimplência", pontua. Segundo ela, as pessoas podem ser divididas em três classes, de acordo com sua realidade financeira. "Existem os equilibrados, os endividados e os investidores", diz.
            De acordo com a professora, ao entrar no novo ano, os consumidores precisam sentar e avaliar em qual dessas realidades estão inseridos. "Tem que botar no papel, saber quanto deve, pra quem, há quanto tempo", explica. A partir dessa análise, é necessário colocar em prática medidas para sair da atual condição e subir um degrau nessa escala. "O 13º salário, que vem agora no fim do ano, é uma oportunidade de sair da situação de devedor, para a condição de equilibrado", orienta. "O ideal é buscar a posição de investidor, porque, como equilibrado, eu ainda corro o risco de, numa eventualidade, voltar à posição de devedor", ressalta.
            Para Johelma, todo esse processo de avaliação e preparação para uma vida financeira mais disciplinada precisa ser acompanhado e apoiado pela família. "Com a participação da família, é possível mudar os hábitos de consumo e ter uma melhor administração dos recursos, inclusive, com mais qualidade de vida", orienta. Passando do nível de equilibrado para investidor, o cidadão começa a fazer uma reserva, que o proporciona mais segurança para o futuro. "O ideal seria que todos estivéssemos na condição de investidor, quitando as dívidas e ainda fazendo aplicações que gerem alguma rentabilidade", completa.


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